* Imutabilidade de Deus em Seus atributos: Deus é imutável em suas promessas (IRs.8:56;
* Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a sua vontade e decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.3:1; Hb.6:17).
H) DEUS É ONISCIENTE:, conhece perfeita e simultaneamente, e como em um eterno “agora”, todas as coisas que são Rm 1:3 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem suas características:
* É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Rm.1:3,34). * É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16)
* É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28). * É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5).
* Conhecimento necessário: Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência.
É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo:
O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo grego ginosko é usado).
* Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista.
* Presciência: Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com
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Orientando Vidas em Amor suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.1:21) apoia-se em seu decreto.
Deus não originou o mal mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência.
A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro e que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2). Veja Rm.8:29; IPe.1:2; Gl.4:9. Como se processou o conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as decretasse?
A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou noutra direção, mas é determinada por nossas próprias considerações intelectuais e caráter (lubentia rationalis = auto-determinação racional).
Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide a ação. Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e imprevisível, mas o homem seguro. A liberdade tem suas leis - leis espirituais - e a Mente Onisciente sabe quais são (Jo.2:24,25).
Em resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do decreto, "...segundo o decreto sua vontade" (Ef.1:1).
* Sabedoria: A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis.
Sl.104), na redenção (ICo.2:7; Ef.3:10) |
Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Rm.l:3-36; Ef.1:1,12; Cl.1:16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Sl.19:1-7;
A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Pv.8 e ICo.1:30; Jó.9:4; veja também Jó 12:13,16).
I) DEUS É ONIPOTENTE: tem todo o poder, pode fazer acontecer tudo que deseje Mt 19:26; (Gn
É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira. A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente com Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno dEle.
O poder de Deus é distinguido de duas maneiras: Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus; Potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus. O poder absoluto de Deus como a eficiência divina, exercida sem a intervenção de causas secundárias, e o poder ordenado como a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias. Poder como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado como o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes distintos, mas um e o mesmo poder.
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Orientando Vidas em Amor
O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele não tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de Deus como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua vontade, pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou conselho.
É óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua vontade não desejou realizar (Gn.18:14;
Jr.32:27; Zc.8:6; Mt.3:9; Mt.26:53). Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar. Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo (Nm.23:19; ISm.15:29; IITm.2:13; Hb.6:18; Tg.1:13,17; Hb.1:13; Tt.1:3), isto porque não há poder absoluto em Deus, divorciado de Sua perfeições, e em virtude do qual Ele pudesse fazer todo tipo de coisas contraditórias entre Si (Jó.1:7). Deus faz somente aquilo que quer fazer (Sl.115:3; Sl.135:6).
El-Shaddai: A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai traduzido por Todo-
Na criação, na providência e na redenção: Deus manifestou o seu poder na criação (Rm.4:17; Is.4:24), nas obras da providência (ICr.29:1,12) e na redenção (Rm.1:16; ICo.1:24).
J) DEUS É IMENSO E INFINITO: Enche e ultrapassa todo o espaço (1Rs 8:27; Is 6:1; Jr 23:23- 24). A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidão ou imensidade.
Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:2,23; Jr.2:18; Sl.145:3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é panteísmo).
A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo.
A imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo -
Sl.139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do mundo; extramundano = além do mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27; Is.57:15).
K) DEUS É ONIPRESENTE: Imanente, simultaneamente presente em todos os locais Sl 139:7-10;
No presente tempo: a presença, o trono e a glória de Deus se manifestam de forma toda especial e plena no [3o.] Céu Jo 20:17 (1Rs 8:30; Mc 1:9-1; Jo 14:28; Ap 21:2-3,10,2-23; 2:1,3).
Deus Filho manifestou-se na terra Jo 3:13 e agora está no Céu At 7:56; Ef 1:20. Deus Espírito Santo manifesta-se: na natureza Gn 1:2; Sl 104:30; em todos os crentes Jo 14:16- 17,19-20,23; Rm 8:9; e junto aos descrentes Jo 16:7-1.
É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a criação.
A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o deísmo que ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder (per portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et naturam) e que age sobre o mundo à distância.
Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em nenhuma parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra (Sl.139:1,12).
Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na igreja como habita em Cristo (Is.6:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com Cl.2:9).
L) DEUS É AUTO-SUFICIENTE: não precisa de nada nem de ninguém Sl 50:10-12. M) DEUS É SÁBIO: 1Tm 1:17; Jd 1:25. N) DEUS É SOBERANO: 1Sm 2:6-8; 1Cr 29:1-12; Ap 4:1. Soberania ou Supremacia:
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Orientando Vidas em Amor
A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).
Vontade Preceptiva: Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (At.13:2; IJo.2:17; Dt.8:20).
Vontade Decretória: Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de suas criaturas (At.2:23; Is.46:9-1). A vontade decretória é sempre obedecida.
A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo. Vontade de Eudokia: Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo de ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo, mas sim com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com certeza, tal como acontece com a vontade decretória (Sl.15:3; Is.4:28; Is.5:1).
Vontade de Eurestia: Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva (Is.65:12).
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