Diante deste edifício, elevava-se o altar (bômós), com 15 côvados
de altura e ocupando um espaço de 50 côvados de comprimento e de largura,
formando um quadrado. Erguia nos ângulos uma
espécie de chifres. Subia-se lá do lado do sul por uma rampa em declive pouco
acentuado. Tinha sido construído sem fazer uso do ferro e nunca o ferro o
tocava.
O
altar herodiano media, portanto, 10 vezes o comprimento e a largura e 5 vezes a
altura do altar do templo portátil de Moisés. (Ex 27, 1-8; 38, 1-7).
O altar estaria situado
sobre a Rocha Sagrada da atual Cúpula do Rochedo, porque os cálculos assim o
exigem (1Sm 24, 18-25; 1Cr 21, 18-30; 22). Esta rocha (17, 70 m X 13, 50 m =
±40 CV X 30 CV) é considerada, pela tradição, aquela sobre a qual Abraão iria
sacrificar Isaac (Gn 22, 1-19). Sob ela existe uma caverna, conhecida como
Caverna dos Espíritos. Talvez fizesse parte do canal para escoar o sangue para
o vale do Cédron (Mid 3, 2).
É possível que o altar,
medindo 50 CV por 50 CV na base, se encolhesse em degraus de um côvado de
largura em torno (Ez 43, 13- 27; Mid 3, 1).
É impensável que, no centro
de uma esplanada muito maior do que F. Josefo diz, se situassem átrios tão
acanhados como os descritos pela Mishnáh!
A respeito da cidade, do
templo, dos usos e das leis que se relacionam, falaremos com mais precisão
um vez mais, porque resta ainda muito a dizer sobre estes assuntos.
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