Ao longo da aresta oriental, apoia-se
um pórtico duplo, de dimensões iguais ao muro, e abre-se para as portas do
templo, situado no meio. Muitos dos nossos antigos reis embelezaram este
pórtico, e em torno do santuário estavam dependurados despojos bárbaros. O rei
Herodes consagrou-os todos (de novo), depois de aí ter acrescentado
os que ele retirara aos Árabes.
(Jo
10, 22-23 ss; At 3, 11 ss). Deste lado, situava-se, segundo
a Mishnáh, a porta de Shushan (Susa) (Mid 1, 3). Por essa porta,
situada no lugar da atual Porta Dourada e virada para o Jardim das Oliveiras,
teria Jesus entrado, segundo a tradição, no Domingo de Ramos (Cf.: Ez
46,2). Presumimos que essa porta fosse semelhante às restantes, abertas no
muro da plataforma do templo, arematadas em lintel e arco de descarga. Davam
acesso ao átrio exterior por túneis pelos quais se subia, passando por baixo
dos pórticos. A atual Porta Dourada é dupla, e é muito provável a porta
herodiana também o fosse, a julgar por 2 pedras herodianas situadas a 8,5 m
(quase 20 CV) uma da outra, uma da cada lado da entrada, que restam no atual
edifício da porta.
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