Do lado norte,
construíra-se, no ângulo do períbolo, uma cidadela, admiravelmente fortificada
e provida de excelentes meios de defesa. Foi construída pelos reis - pontífices
da raça dos Asmoneus, predecessores de Herodes, que a
chamaram Báris e a destinaram a abrigar o paramento sacerdotal que o sumo
sacerdote não veste senão quando deve oferecer um sacrifício. Herodes deixou o
paramento no mesmo sítio, mas, após a sua morte, esteve sob a guarda dos
Romanos. (...) Antes, o paramento encontrava-se sob o selo do sumo sacerdote e
dos guardiães do tesouro. Na vigília da festa, os guardiães do tesouro
dirigiam-se ao chefe da guarnição romana, e depois de terem verificado o seu
selo, levavam o paramento. Depois, passada a festa, voltavam a trazê-lo ao
mesmo sítio e aí o depunham, após ter mostrado ao comandante da guarnição que o
selo era exatamente o mesmo. (...) Herodes fortificou ainda mais esta torre
Báris, a fim de assegurar a segurança e a defesa do templo, e, em recordação de
António, seu amigo e chefe dos Romanos, deu-lhe o nome de Antónia.
Antes
dos Asmoneus, já este castelo existia, com o nome de Torre de Hananeel ou de
cidadela do templo (Ne 2, 8; 3, 1; 7, 2; 12, 39; etc.). Estes limitaram-se a
restaurá-lo e a fortificá-lo mais. Este passado justifica a sua forma
irregular, em L.
Perto da torre Antónia,
situava-se a Porta das Ovelhas (Jo 5, 2), a que a Mishnáh chama Porta
Tadi (Mid 1, 3).
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