A vontade de eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o elemento de deleite (Mt.1:26). A vontade de eudokia e a vontade de eurestia relacionam-se ao prazer em realizar algo. Vontade de Beneplacitum: Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade Revelada. A distinção entre a vontade de beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29.
A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável.
b) Liberdade: A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade necessária e uma voluntas libera = vontade livre.
Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do
Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa. Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições.
As Suas criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina voluntariamente o que e quem Ele criará; e os tempos, lugares e circunstâncias de suas vidas.
O) DEUS É INCOMPREENSÍVEL: Jó 1:7-9; Rm 1:3. P) DEUS É INESCRUTÁVEL: Rm 1:3.
1) ATRIBUTOS DE DEUS OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
A santidade de Deus é o Seu atributo mais exaltado e destacado, que governa todos os demais! Is 6:3; Ap 4:8.
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A santidade de Deus: revela a negritude de nosso pecado Jó 42:5-6 (Is 6:5); exige arrependimento + expiação (por sangue!) antes do perdão He 9:2; 10:19; Ef 1:7 (Cl 1:14); exalta a graça e o amor remidor de Deus Rm 5:6-8; (Jo 3:16); causa-nos reverência e temor He 12:28-29 (Ex 3:4-6; Is 6:1-3).
Deus é Reto e Justo: É reto no que é e faz (Sl 89:14), e ao impor lei e exigências retas Sl 145:17 (Ed 9:15; Sl 116:5; Jr 12:1; 17:25;);
É justo por executar as penalidades impostas pelas Suas leis Sf 3:5 (Dt 32:4; Sl 119:137-138). a retidão e justiça de Deus manifestam-se nos Seus infalíveis: amor à retidão e indignação contra o pecado Sl 1:4-7; punição dos perversos e injustos Dn 9:12,14 (Gn 6:5,7; Ex 9:23-27; 34:6-7; Sl 5:4-6; 2Co 12:5-6; Ap 16:5-6); perdão ao arrependido-crente 1Jo 1:9; cumprimento de Sua Palavra e Suas promessas aos que Lhe pertencem Ne 9:7-8; libertação e defesa de Seu povo Sl 103:6 (Sl 129:1-4); recompensa aos justos-em-Cristo Hb 6:10 (Jo 6:29; 1Co 3:1-15; 2Tm 4:8; 2Jo 8); propiciação para perdoar o pecado e justificar aquele que exercer fé no substituto Rm 3:24-26.
É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas.
A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa
(Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9). a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16; Hc.1:13). A santidade positiva é amor ao bem. b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de tudo quanto o aborrece (Lv.1:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13; Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal.
Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se: c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual
Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa). Sl.145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5; Ed.9:15. d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de santidade transitiva.
A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade. A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. A justiça retributiva se divide em punitiva e corretiva. A justiça punitiva é aquela pela qual Deus pune os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta justiça de Deus exige a execução das penalidades impostas por Suas leis (Sl.3:5;1:4-7 Dt.32:4; Dn.9:12,14; Ex.9:23-27;34:7).
A justiça corretiva é aquela pela qual Deus "pune" Seus filhos para corrigi-los (Hb.12:6,7). Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz Severo (Rm.1:2; Hb.10:31), mas aos
A justiça remunerativa é aquela pela qual Deus recompensa, com Suas bênçãos, aos homens pela obediência de Suas leis (Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:1-15; Rm.2:6-10; IIJo.8). e) Ira: Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.1:2; Sl.95:1; Dt.1:34-37; Sl.95:1). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade (Rm.1:2).
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- O amor de Deus se manifesta em: O sacrifício do Seu Filho Jo 3:16 (1Jo 4:9-10); Levar-nos a arrepender Rm 2:4; Perdoar os arrependidos-crentes Is 5:7; Guiar e proteger os amados-obedientes Dt 32:9-12 (Dt 3:3,12; Is 48:14,20-21); Castigar-para-o-bem Seus filhos Hb 12:6-1 ; Afligir-Se por Seus filhos Is 63:9 (Is 49:15-16).
- Matizes do amor de Deus: infinitos: Deleitar-se-na-aprovação Sf 3:16 (Mt 17:5); Compadecer-se da aflição Is 63:9; Íntima e profunda afeição Jo 17:23; Lc 6:35; Is 5:7 (Sl 32:10; 86:5).
Deus é Misericórdia e Graça: É misericordioso ao cancelar as penalidades merecidas e aliviar os angustiados Sl 103:8 (Dt 4:31; Sl 62:12; 86:15; 103:8-17; 145:8-9; Jn 4:2);
C) DEUS É FIEL E VERDADEIRO: É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a
Pessoa que fez a asseveração.
Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente divino, pois com freqüência os homens erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por estarem equivocados a respeito dos fatos, ou então por pura incapacidade fracassam em promessas que fizeram com honestas intenções.
Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer equívoco, e a Sua onipotência e imutabilidade asseguram o cumprimento de Suas intenções (Dt.32:4; Sl.119:142; Jo.8:26; Rm.3:4; Tt.1:2; Nm.23:19; Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20; Jr.10:10; Jo.3:3; ITs.1:9; Ap.6:10; Sl.31:5; Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a verdade de Deus é conhecida como sua veracidade e fidelidade. a) Veracidade: Consiste nas declarações que Deus faz a respeito das coisas, conforme elas são, e se relaciona com o que Ele revelou sobre Si mesmo. A veracidade fundamenta-se na onisciência de Deus. b) Fidelidade: Consiste no exato cumprimento de Suas promessas ou ameaças.
A fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e imutabilidade (Dt.7:9; Sl.36:5; ICo.1:9; Hb.10:23;
E) DEUS É BOM, BONDOSO Sl 23:6; 107:8; Rm 2:4. É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19; Sl.3:5; Sl.119:68; Sl.107:8; Na.1:7).
A bondade implica na disposição de transmitir felicidade. a) Benevolência: É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl.145:9,15,16; Sl.36:6;104:21; Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17).
Benevolência é a afeição que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó.14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29). b) Beneficência: Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada em sua intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, quando seus atributos são conferidos. c) Complacência: É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus que aprova todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se conforma com Ele (Sl.35:27; Sl.51:6; Is.42:1; Mt.3:17; Hb.13:16). d) Longanimidade ou Paciência: O hebraico emprega a palavra erek'aph que significa grande de rosto e daí também lento para a ira. O grego emprega makrothymia que significa ira longe.
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Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do qual Ele tolera os pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A longanimidade revela-se no adiamento do merecido julgamento (Ex.34:6; Sl.86:15; Rm.2:4; Rm.9:2; IPe.3:20; IIPe.3:15) e) Misericórdia: Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, piedade, benignidade, clemência e generosidade.
No hebraico usa-se as palavras chesed e racham e no grego eleos. É a bondade de Deus demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos (Dt.5:10; Sl.57:10; Sl.86:5; ICr.16:34; IICr.7:6; Sl.116:5; Sl.136; Ed.3:1; Sl.145:9; Ez.18:23,32; Ex.3:1; Lc.6:35; Sl.143:12; Jó 6:14).
A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal do objeto, pois a misericórdia considera a criatura como infeliz, a paciência considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem pena do ser humano em sua infelicidade, a paciência tolera o pecado que gerou a infelicidade.
A infelicidade e sofrimento deriva-se de um justo desagrado divino, portanto exercer misericórdia é o ato divino de livrar o pecador do sofrimento pelo qual ele justamente e merecidamente deveria passar, como conseqüência do desagrado divino. f) Graça: É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça é o ato divino de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não merece receber (Ex.3:19).
Na misericórdia Deus suspende o sofrimento merecido, na graça Deus concede bênçãos não merecidas. Todo pecador merece ir para o inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando o pecador da condenação. Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua graça doando ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso.
Essa diferença entre misericórdia e graça é notada em relação aos anjos que não caíram. Deus nunca exerceu misericórdia para com eles, posto que jamais tiveram necessidade dela, pois não pecaram, nem ficaram debaixo dos efeitos da maldição. Todavia eles são objetos da livre e soberana graça de Deus pela qual foram eleitos (ITm.5:21) e preservados eternamente de pecado e colocados em posição de honra (Dn.7:10; IPe.3:2). g) Amor: A perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a se comunicar. É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha.
Este amor encontra seus objetos primários nas diversas Pessoas da Trindade. Assim, o universo e o homem são desnecessários para o exercício do amor de Deus. Amor é, portanto, a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação. Ele ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.
12) RESUMO DOS ATRIBUTOS DE DEUS: Divide-se em 03 Tipos: 1) Incomunicáveis, absolutos ou metafísicos: (Não humanos): Simplicidade(não composto de partes)-Jo.4:24 - Unidade(indivisível e uno)-Dt.6:4 Infinidade (nada acima dELe)-At.17:24 - Imensidade(Não limitado) Onipresença(em todo lugar)-Sl.139:7 - Imutável(idêntico)-Tg.1:17 Eterno(Atemporal)-Gn.21:3 - Onisciente-(Sabe tudo)-Mt.1:21 Onipotente(todo-poderoso)-Ap.19:6 - Soberano (Governante supremo do Universo)-Ef.:1
2)Comunicáveis ou pessoais: (Como o homem): Inteligência:tudo vê e conhece por intuição sem pensar; Vontade: basta querer fazer
3)Morais: (manifesta pessoa moral): Sabedoria (faz empregar meios mais eficazes e dignos,inteligência infinitamente perfeita) Bondade-Deus é amor infinito e perfeito;ama as coisas na proporção do valor e mérito; ama a si mesmo e à sua criação
Justiça (age com justiça infinitamente perfeita, pune o mal e recompensa o bem) Santidade ou Retidão Moral (inteireza de caráter, legítimo, correto) Amor: (dedicação absoluta de desejar bem do outro) Verdade: (Concordância e coerência em tudo) Liberdade (Independência divina de suas criaturas).
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