HISTÓRIA DA ASSÍRIA
Antigo país da Ásia, localizado ao norte da Mesopotâmia, a partir da fronteira norte do atual Iraque. Suas conquistas se estenderam aos vales dos rios Tigre e Eufrates. A parte ocidental do país era uma estepe adequada apenas a uma população nômade. Entretanto, a parte oriental era apropriada para a agricultura, com colinas cheias de bosques e férteis vales banhados por pequenos rios. A leste da Síria se encontram os montes Zagros; ao norte, um escalão de platôs conduz ao maciço armênio; a oeste se estende a planície da Mesopotâmia; ao sul se encontra o país conhecido primeiro como Sumer, depois Acade e, mais tarde Babilônia.
Os Assírios são descendentes diretos de Assur, filho de Sem, neto de Noé (Gn 10.11). Assur deixou a terra de Sinar e foi estabelecer-se em uma faixa de terra ao norte da Mesopotâmia, mais para o oriente, isto é, próximo ao rio Tigre, que passou a levar seu nome. A cidade de Assur floresceu à margem da grande rio Tigre, não possuindo fronteiras definidas, entretanto suas dimensões dependendo da época variavam de acordo com suas vitórias ou derrotas. Seus habitantes eram guerreiros ferozes; possuíam armas de ferro que os tornavam superiores na arte da guerra. Eram famosos pela crueldade com que tratavam os adversários derrotados nas batalhas. Capturavam seus inimigos e em seguida cortavam suas cabeças com um machado, os que ficavam vivos tinham os olhos vazados. Os que não morriam eram transformados em escravos e postos para trabalhar duramente. Os povos subjugados pelos assírios tinham de pagar altos impostos.
O núcleo central da Assíria estava na região norte da Mesopotâmia, mas em 800 a.C. dominava os vizinhos como nunca qualquer Estado havia feito. Combateu tribos das montanhas no norte e leste de seu domínio, mas com as mesmas tribos desenvolveu relações diplomáticas.
O IMPÉRIO ASSÍRIO
Mais ou menos em 730 a.C. formou-se uma coalisão para por fim ao domínio no Oriente Próximo das dinastias etíopes do Egito. Essa reação que partiu da Mesopotâmia foi liderada pela Assíria. O início do Império Assírio ocorreu sob o comando do rei Adadnarari II (921-891 a.C.), com a implantação de uma política externa imperialista e forja potentes armas e carros de guerra para um exército permanente.
Com o rei Assurbanipal II (884-858 a.C.), Assíria galgou o posto de Império, com construções monumentais em Assur, Nínive e Calah e a montagem de um grupo de estados vassalos ao redor do núcleo do território assírio. As dinastias das regiões atingidas por suas expedições militares eram obrigadas a pagar tributos regularmente, muitas vezes também a colocar a disposição dos assírios tropas militares. Mas foi no reinado de Tiglat-Pileser III (745-727 a.C.) que a Assíria chegou ao topo do poder, dominando todo o antigo Oriente. Esse rei sistematizou os projetos de vassalagem e os domínios territoriais, unificando todo o Oriente Próximo. Israel sofre as consequencias imperiais da Assíria. Em 734 a.C., o rei de Judá, Acaz, buscou apoio na Assíria contra a coalizão entre Israel e Síria; em 722, os reis assírios Salmaneser V (727-722 a.C.) e Sargão II (722-705 a.C.) dizimaram o Reino do Norte, Israel, deixando apenas Samaria, como sua província.
RELAÇÃO COM OS JUDEUS
Salmanazer III (726-722 a.C.) assediou Samaria por trê anos. Após esse período de assédio Sargão II assume o poder na Assíria (722-705 a.C.) e derrota Samaria, levando ao exílio 27 mil israelitas. Senaqueribe (705-681a.C.) cerca Jerusalém, blasfema contra Deus zombando do rei Ezequias. Deus opera e ao amanhecer 185 mil soldados assírios estão mortos. Envergonhado, Senaqueribe volta para Assíria e é morto pelos próprios filhos (II Rs cap. 18 a 19).
Em 612 a.C., uma coalizão entre medos e babilônios conquistou Nínive e pôs fim ao Império Assírio. A maior parte das terras assírias foi tomada por dinastias da Babilônia.
ARQUEOLOGIA DA BABILÔNIA
CIDADE DA BABILÔNIA
Babilônia era uma das cidades mais importantes da antiguidade, cuja localização é assinalada atualmente por uma região de ruínas a leste do rio Eufrates, a 90 km ao sul de Bagdá, no Iraque. Sua construção deveu-se em grande parte aos esforços de Hamurabi (1728-1686 a.C.) e Nabucodonosor II (604-562 a.C.). Babilônia foi capital do Império Babilônico durante os milênios II e I a.C. Na antiguidade, a cidade se beneficiava de sua posição na importante rota comercial terrestre que ligava o golfo Pérsico ao Mediterrâneo.
IMPÉRIO BABILÔNICO
Antigo império localizado entre os rios Tigre e Eufrates no sul da Mesopotâmia. A Babilônia desenvolveu as ciências e um panteão mitológico com base no panteão sumério-acadiano. Com quase 12 mil quilômetros quadrados, fazia fronteira ao norte com a Assíria e a leste com Elam, ao sul e a oeste com o deserto da Arábia e ao sudeste com o Golfo Pérsico.
O rei mais importante da Babilônia foi Hamurabi. Esse monarca conquistou todas as cidades e tribos ao redor e dirigiu sabiamente o seu reino. Essas cidades passaram a ser governadas por homens de confiança de Hamurabi. Toda pagavam impostos para a Babilônia, que se tornou a cidade mais importante da Mesopotâmia. Uma das coisas mais notáveis da civilização babilônica foi a criação do Código de Hamurabi. O Código era uma lista de leis que determinavam como deveriam viver os habitantes do reino.
Depois da morte de Hamurabi, a Babilônia foi conquistada sucessivamente por muitas tribos; Em 626 a.C., Nabopolassar foi intronizado na Babilônia quando os babilônios declararam independência do Império Assírio. Aliou-se aos medos no leste e começaram a testar a força dos assírios. Até 612. a capital Nínive caiu e, com o colapso do governo após a queda de Carquêmis em 605, os assírios antigamente poderosos só ficaram na lembrança do povo do Oriente Médio ao qual aterrorizaram durante quase 150 anos.
Com a morte de Nabopolassar, o trono foi ocupado com habilidade por seu filho, o general Nabucodonosor, em 605. Na época ele assumiu o controle de todos os territórios perdidos pela assíria, incluindo Judá. O reinado longo e próspero de Nabucodonosor chegou ao fim em 562, e pouco depois os persas começaram a construir seu império sob a liderança de Ciro, o Grande. Nas duas décadas seguintes, os sucessores de Nabucodonosor foram tão imcompetentes que em 539, Ciro foi bem recebido na capital, após derrotar sem luta o incompetente co-regente Belsazar. Foi saudado como salvador da pátria em vez de conquistador.
Um ano após assumir o controle do Império Babilônico, Ciro instaurou sua política de governo benevolente ao permitir que muitos povos deportados retornassem seus lugares de origem e reconstruissem suas casas, seus templos e santuários de adoração. Para o povo judeu que nesse período se encontrava exilado na Babilônia, este fato foi o cumprimento das profécias.
RELIGIÃO BABILÔNICA
Na religião, possuiam um sistema de deuses, cada um com um templo central nas cidades do império. Alguns dos seus deuses mais conhecidos eram Anu, deus do céu; Xemesh, deus do Sol; Xim, deus da Lua; Ixtar, deusa do amor e da guerra; Hadad, deus da tempestade; Enlil deus do ar; Enki ou Ea, deus dos subterrâneos marítimos. Por volta de 1100 a.C., os amorreus promoveram o deus Marduq como a principal divindade da religião oficial da Babilônia. Na intectualidade, os relatos mitológicos e lendários predominavam. Entre els constam o relato da criação chamado Enuma Elish e o relato do dilúvio chamado epópeia de Gilgamés.
Entre os habitantes mais antigos estavam os Sumérios. A origem de sua cultura é suméria.
Niebuhr, Rich e Rassam sondaram suas ruínas em ambos os lados do rio Eufrates. Porem, as honras são para Robert Koldewey e seus homens, pelos 14 anos de cuidadoso trabalho de escavações em Babilônia, desde 1899 até 1913.
As descobertas em Babilônia não foram menos que fenomenais. Entre os achados mais importantes estavam:
- Um muro de mais de 22 quilômetros de extensão e 42 metros de largura, rodeando a parte principal da cidade;
- Muitas portas da cidade, a mais destacada das quais era a de Ishtar, com seus 575 dragões, touros e leões esmaltados;
- A “Rua da Procissão”, que entrava pela porta de Ishtar ao norte, passava pelo palácio real e atravessava diretamente a parte principal da cidade até o templo de Marduk, “o Criador e rei do Universo”;
- O magnificamente decorado palácio de Nabucodonosor, com seu salão onde se encontrava o trono e uma sala de banquetes de 17 metros de largura por 51 metros de comprimento;
- A base e o contorno da torre de Babel, conhecida como “E-teme-na-ki” (a casa plataforma-base do céu e da terra), a qual acredita-se que sejam as ruínas da desafortunada Torre de Babel;
- Os Jardins Suspensos, ou as grandes ruínas de uma área quadrangular, composta de criptas abobadadas ou sótãos reforçados com arcos de ladrilhos, e cobertos de terra e escombros. Os escavadores acreditavam que estas ruínas eram os restos da estrutura da base dos famosos Jardins Suspensos (uma das sete maravilhas do mundo antigo);
- Quase 300 tabuinhas cuneiformes que relatam principalmente a distribuição de azeite e de cevada aos trabalhadores especializados, oriundos de muitas nações, que viviam em Babilônia e seus arredores entre os anos 595 e 570 a.C. Entre os mencionados estava “yow keen” (Joaquim) “rei da terra de Yehud” (Judá) e seus cinco filhos jovens que estavam nas mãos de Quenias, seu assistente.
Nenhum comentário:
Write comentários