ARQUEOLOGIA DE ACÉLDAMA – CAMPO DO OLEIRO
Também chamado de campo do oleiro, traz a nossa memória a ocasião trágica quando Judas vendeu o Senhor por trinta moedas de prata, e em seguida, já em desespero, devolveu o dinheiro e se enforcou. “E os principais dos sacerdotes... compraram com elas o campo do oleiro, para sepultura dos estrangeiros. Por isso aquele campo até o dia de hoje tem sido chamado Campo de Sangue”. (Mt 27:6-8).
No extremo leste da ladeira sul do vale de Hinom existe uma área desértica e pedregosa, de quase um hectare, conhecida como o campo do oleiro desde os tempos de Jerônimo (400 d.C.). Ali, em uma cova natural e extensa tem sido sepultados os estrangeiros e indigentes através dos séculos.
A tradição insiste que este é o mesmo local da “casa do oleiro” que Jeremias visitou (Jr 18:1-4), e que tempos depois os sacerdotes compraram com o dinheiro da traição, para servir de cemitérios aos estrangeiros. A atual localização desse lugar pode estar certa, pois satisfaz os requisitos bíblicos e é aceita por muitas autoridades.
ARQUEOLOGIA DA CAVERNA DE ADULÃO
ARQUEOLOGIA DA CAVERNA DE ADULÃO
A gruta que com freqüência serviu como sede secreta a Davi e seus 400 ou 600 de seus homens, tem sido situada tradicionalmente no deserto da Judéia, sobre o inclinado precipício sul de Wadi Khareitun, a 1,2 quilometro ao sul do Herodium, e a cinco quilômetros a noroeste de Tecoa.
Há uma rusticidade oculta e rara nas proximidades do lugar, com fragmentos maciços de rocha espalhados na gruta, que está situada em um penhasco comprido e estreito na parte de cima da base do barranco. Uma enorme pedra rachada de muitas toneladas de peso, quase obstrui a entrada da gruta. Perto dali, há um manancial de água corrente, clara e fresca.
O Único acesso à cova é através de uma abertura circular de uns 2,2 metros de altura. Na parte de dentro há uma passagem sobre o estreito que conduz a uma cova pequena, e partindo dela uma passagem serpenteando leva a um grande quarto, que mede aproximadamente 473 metros quadrados. Existem passagens estreitas que se ramificam e conduzem a outros quartos de grande tamanho, alguns dos quais se encontram em níveis mais baixos, e com espaço suficiente na parte interior para 1000 homens. O lugar parece reunir as características que lhe são dadas nos relatos bíblicos, onde Davi se ocultava com freqüência do rei Saul.
Capital da provícia romana da Síria, localizava-se à margem oriental do rio Orontes, cerca de 30 km do mar Mediterrâneo, uns 450 quilômetros de Jerusalém. Na antiguidade, era chamada “a rainha do Oriente”, devido aos seus belos contornos, a importância de seu comercio e à sua localização estratégica sobre rotas de encontro de caravanas entre o leste, o oeste, o norte e o sul.
A Universidade de Princeton e o Museu Nacional da França iniciaram escavações em Antioquia em 1932. Durante os seis anos seguintes, eles desenterraram mais de 20 igrejas em ruínas, numerosos balneários, dois cemitérios, um estádio, e muitos magníficos pisos de mosaico. Alguns destes mosaicos representavam cenas do culto à deusa Ísis. Um mosaico bem conservado, de grande tamanho (96 por 128 metros), representava a fábula da fênix, enquanto outro, descoberto em um piso do século sexto de um edifício próximo da Porta de São Paulo, contém esta inscrição: “A paz esteja com aqueles que aqui vierem, e com os que contemplarem isto; e gozo e benção sejam sobre os que permanecerem aqui.”
O achado mais sensacional, todavia, foi um belo cálice de prata, no qual estavam esculpidas, em um trecho de prata e bordados em um extraordinário cálice exterior, vides simbólicas, em meio das quais se encontram doze figuras sentadas, que muitos crêem representar a Cristo e onze apóstolos. O cálice interior tem capacidade para 2,36 litros de líquido. É evidente que se trata de uma relíquia da antiguidade, de grande caráter sagrado. Alguns o consideram o Santo Graal, copo usado por Cristo e seus discípulos na Última Ceia. Tem sido feitas tentativas de datar com precisão a época em que esse cálice teria sido fabricado. As datas variam do primeiro ao sexto século. A maioria dos eruditos, todavia, está de acordo em uma data do quarto ou do quinto século. O cálice duplo se encontra agora nos Cloisters, na cidade de Nova York, e é conhecido como “O Cálice de Antioquia”.
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