domingo, 6 de novembro de 2011

ARQUEOLOGIA DE TESSALÔNICA E TIRO



ARQUEOLOGIA DE TESSALÔNICA

Cidade grega fundada por Cassiandro em 316 a.C. Esse general de Alexandre, o Grande batizou a cidade com o nome de sua esposa. Importante centro comercial desde 168 a.C., Tessalônica foi anexada ao Império Romano em 164 a.C. e tornou-se capital da Macedônia. Com suas muitas formas de adoração pública, Tessalônica é uma referência quanto a divinização de imperadores; possuia um templo para o culto a César. Em suas moedas a cidade de Roma e os seus imperadores eram retratados como divindades. Possuía um templo a deusa ísis, ao lado de Kabiros, sua divindade protetora. Dos relatos que envolvem personalidades nos ritos sagrados das cidades gregas, desde o século VI a.C., é possível afirmar que os tessalonicenses praticavam cultos de mistério, principalmente a Kabiros, também protetora da cidade de Filipos. Em meio a toda essa diversidade cúltica havia uma comunidade judaica que, descontente com o êxito do programa evangelísitico agita o povo da cidade contra o apóstolo Paulo.

Tessalônica foi a segunda cidade européia a ouvir a pregação de Paulo, e provavelmente a primeira igreja a receber uma de suas epístolas. Hoje em dia é conhecida como Salônica. Por estar situada na grande estrada militar do norte, que ia da Itália até o Oriente (conhecida como a via Inaciana), era um estratégico centro militar e comercial nos dias de Paulo.

Lucas nos conta, na versão grega original de Atos 17:6,8, que os magistrados e funcionários oficiais desta cidade eram chamados politarcas.  Durante muitos anos os críticos eruditos afirmaram que este nome ou título não aparecia em nenhum outro documento grego, e que, portanto, Lucas tinha cometido um erro ao empregá-lo.

Porém, tempos depois, esse título foi encontrado escrito em diversas ruínas de Tessalônica. As inscrições mais importantes no arco da porta de Vardar, que se estendia sobre a via Inaciana na entrada ocidental da cidade. A inscrição diz, em parte o seguinte: "No tempo dos politarcas, Sosipatros, filho de Cleópatra, e Lúcio Pontio Públio Flávio      Sabino, Demétrio, filho de Fausto, Demétrio de Nicápolis, Zoilo, filho de Parmênio, e Menisco Gaia Agileu Poteito". A inscrição menciona os seis funcionários da cidade que encabeçavam a “assembléia do povo”

Sem dúvida, Paulo e Lucas passaram através desta porta e notaram a inscrição. Lucas se referiu aos magistrados de maneira correta, dando-lhes um título que aparentemente era utilizado só nessa parte do país.

O arco foi derrubado durante um motim em 1876, depois do qual aquela inscrição foi adquirida pelos ingleses, e na atualidade se acha no Museu Britânico.

Foi encontrada em Tessalônica uma inscrição samaritana do século V d.C., o que pode confirmar a existência desde o período helênico de comunidades de samaritanos vivendo próximo as comunidades judaicas na cidade.

ARQUEOLOGIA DE TIRO

Cidade-estado portuária da Fenícia, situada em região rochosa do Líbano. Centro do desenvolvimento da cultura fenícia, civilização marítima de Canaã. Na idade do Bronze Recente (1550-1200 a.C.), quando o sucessor do faraó Merneptah (1213-1203 a.C.), Ramsés III, submeteu os povos do mar e dominou praticamente a totalidade do território de Canaã, um dos objetivos foi controlar as vias que permitiam o comércio com a Síria e o Líbano. Tiro naquele tempo era uma importante cidade ao norte de Israel; dependente do Egito, mas beneficiada por migrações araméias. Também naquela época os filisteus monopolizaram o comércio, controlando a navegação pelo mar Mediterrâneo, mantendo parceiras com Tiro. Entre os séculos XI e IX a.C. a cultura fenícia alcançou seu apogeu.

Tiro foi o grande parceiro comercial dos israelitas. O rei Davi recebeu apoio de Hirão, rei de Tiro, a mais importante cidade-estado fenícia, para construção de sua residência em Jerusalém (2Sm 5.11-12).

Tiro, tinha o porto marítimo mais famoso das antigas terras da Bíblia, estava situado a 32 quilômetros ao sul de Sidom, em uma ilha a um quilômetro da terra firme. A cidade contava com dois portos, um no norte e o outro no sul. Seus muros eram de grande altura, especialmente no lado que dava para a terra firme.

Ali os artesãos fabricavam artigos e diferentes produtos artísticos de bronze e de prata, e preparavam a tinta púrpura que tornou Tiro famosa. Seus mercadores comerciavam com as muitas terras do Mediterrâneo e inclusive com as distantes ilhas britânicas. Tiro se converteu em uma “bem povoada e afamada cidade”. Mas o profeta assegura que a cidade pereceu, “Tu e teus moradores, que atemorizaste a todos os que habitavam ao teu redor” (Ez 26:17).

Reis e militares de muitos países sitiaram Tiro, mas não puderam apoderar-se da cidade. Em 333 a.C. Alexandre Magno a tomou, depois de sete meses de assédio. Mas Tiro levantou-se de novo pouco a pouco e se converteu em um centro de comercio na época do Império Romano. Em séculos recentes, porém o lugar foi reduzido de tamanho. Seus portos estão cheios de ruínas e são pouco mais que “um enxugadouro de redes” (Ez 26:14).

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