sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O(s) Pátio(s) Interior(es)

Tal era o primeiro pátio. Encerrava um segundo, muito pouco afastado, ao qual se tinha acesso por alguns degraus, e que uma barreira de pedra cercava. Uma inscrição interditava a entrada aos estrangeiros, sob pena de morte.

O pátio interior tinha ao sul e ao norte 3 portais distantes entre si, e, ao nascente, um, a grande porta, pela qual nós, Judeus, com a condição de estarmos purificados, entrávamos com as nossas mulheres. Para lá deste períbolo, era proibido às mulheres passarem. 

Um terceiro pátio estava contido no precedente,  onde só os sacerdotes podiam entrar. Ele encerrava o templo e, diante deste, o altar sobre o qual oferecíamos os nossos holocaustos a Deus.

O rei Herodes não teve acesso a nenhuma destas três últimas partes do edifício,  de que era excluído por não ser sacerdote. Mas ocupou-se ativamente dos trabalhos dos pórticos e dos pátios exteriores, e acabou-os em oito anos.

O santuário foi construído pelos sacerdotes num ano e 6 meses. Todo o povo ficou repleto de alegria por este pronto acabamento da obra e deu graças primeiramente a Deus, e depois ao zelo do rei. A reconstrução foi celebrada por festas e bênçãos. O rei ofereceu em sacrifício a Deus 300 bois; quanto aos outros, cada um fez segundo os seus próprios recursos, e é impossível dizer o número de vítimas, porque não se seria capaz de se aproximar da verdade. Aconteceu, com efeito, que o dia do acabamento do templo coincidiu com o aniversário da chegada do rei, que se celebrava habitualmente, e esta coincidência deu à festa o maior brilho.

O rei fez, também, cavar uma passagem subterrânea, conduzindo da torre Antónia ao (átrio do) santuário interior, do lado da porta oriental.  Por cima desta porta, mandou, igualmente, construir uma torre,  de que ele queria, assim, ter acesso por subterrâneos, para se abrigar, em caso de sublevação popular contra a realeza.

Diz-se que todo o tempo que durou a construção do templo, nunca choveu durante o dia; não houve chuvadas senão de noite, de maneira que os trabalhos não foram interrompidos. Esta tradição foi-nos transmitida pelos nossos pais, e nada tem de incrível, se se considera tantas outras manifestações de Deus.

Foi assim que o templo foi reconstruído.

(A. J. XV, Cap. XI)

 Em B. J. V, são referidas 4 portas. Talvez aqui não se fale das portas N. e S. do átrio das mulheres. (Cf.: Mid 1, 4-5).

O templo de Herodes tinha, pelo menos, 22 ou 23 portas grandes: 11 ou 12 do períbolo exterior (= 2+3 a S, 4 a O, 1 a N e 1 ou 2 a E), 9 do períbolo interior, a Porta Coríntia e a porta do Santo.

Em B. J. V, Josefo chama de «grande porta» à Porta Coríntia .

O átrio dos sacerdotes, o altar e o naós.

A Porta de Nicanor? (Mid 1, 4; 2, 6).


Tratar-se-ia de uma câmara alta com janelas, situada sobre a êxedra dessa porta. Para ficar alinhada com o cimo da Porta Coríntia e por paralelismo com a torre Antónia, esta câmara alta não mediria mais de 10 CV de altura, a somar aos 40 de altura da êxedra. (Cf:: Mid 1, 5. 9).

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