As torres ultrapassavam o
muro em 20 côvados de largura e em 20 côvados de altura. Eram quadradas e
maciças como o próprio muro. Pelo ajuste e beleza das pedras, elas nada
diferiam de um templo.
Por cima da parte maciça das
torres, que perfazia 20 côvados, havia salas magníficas, e, por cima, cisternas
para captar as águas da chuva. Cada torre tinha largas
escadas redondas.
A terceira muralha tinha 90
torres deste género, e as cortinas (= muralhas) entre elas
estendiam-se por 200 côvados.
A muralha intermédia era
marcada com cerca de 14 torres e a antiga com 60.
Por mais admirável que fosse
o conjunto da terceira muralha, mais maravilhosa ainda de erguia no ângulo
noroeste da torre Pséphinos, perto da qual Tito acampou. Com a altura de
70 côvados, (esta torre) permitia vislumbrar, ao nascer do sol, a
Arábia e os últimos limites do território dos hebreus até ao mar. Era uma torre
octogonal.
(B. J. V, 142 - 160)
As
torres poderiam ter telhados, donde a água da chuva seria recolhida para
cisternas interiores. (Cisternas a céu aberto no topo delas fariam evaporar
facilmente a água recolhida!) Talvez Josefo queira referir-se a ameias e a
merlões, que, encobrindo, em torno, os telhados das torres, podiam dar a ideia
de tanques.
Sobre os 20 CV da base
maciça, haveria 2 andares de 10 CV de altura cada um, para perfazer os 60 pés
de altura (= 40 CV) que Tácito indica. As escadas em caracol estariam
inseridas dentro das paredes das torres.
Não
se conhecem vestígios de nenhuma torre octogonal, neste ângulo; contudo, a sua
base poderia ser quadrada.
Juntamente com a terceira
muralha, a torre Pséphinos foi construída em época posterior à dos
Evangelhos.
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