Os Pórticos Circundantes – Herodes circundou o
templo com espaçosos pórticos, cuidadosamente proporcionados às dimensões do
edifício e muito mais ricos que os de outrora. Ninguém, ao
que parece, tinha ornado tão magnificamente o templo.
Os dois pórticos estavam
apoiados a um potente muro, e este muro era ele mesmo a obra mais colossal de
que se tinha ouvido falar.
A localização do templo é,
com efeito, uma colina rochosa, escarpada, que sobe, no entanto, em pouca
inclinação, do lado dos bairros a leste da cidade até ao cume. O nosso primeiro
rei Salomão, sob a inspiração divina, executou lá trabalhos consideráveis. No
cume, fortificou com um muro todo o planalto; em baixo, elevou, a partir do
próprio sopé da colina, que cerca a sudoeste uma profunda ravina, uma segunda
muralha de pedras ligadas por chumbo. Ao avançar, a muralha abraçava
gradualmente um bocado da colina e elevava-se cada vez mais.
Toda esta construção, de
plano quadrado, era de um tamanho e de uma altura inimagináveis. Exteriormente,
a vista não parava senão nas largas superfícies das pedras. Interiormente,
grampos de ferro mantinham o aparelho e asseguravam-lhe uma solidez a toda a
prova.
Uma vez erguido este
trabalho até ao nível do topo da colina, aplanou-se este cuidadosamente, depois
preencheu-se em torno a cavidade compreendida entre o muro e o flanco da
colina, até que estivesse ao mesmo nível do planalto e se nivelou a superfície
da terraplanagem. Este conjunto constituiu o períbolo, que tinha 4 estádios de
perímetro, tendo cada lado 1 estádio de comprimento. Dentro
deste muro do períbolo, um outro muro de pedra seguiu o próprio topo.
1Rs 6, 36. 7, 12 fala
apenas de muros «com 3 fileiras de pedra talhada e 1 fileira de traves de
cedro», em torno dos 2 átrios do templo. 2Cr 4, 9 fala do «átrio
dos sacerdotes (= o átrio interior), grande pátio e suas portas,
que (Salomão) mandou revestir de bronze». Possivelmente, as
traves de cedro estariam erguidas, com tábuas pregadas, formando paredes de
madeira acima das 3 fileiras de pedra, delimitando os átrios. Talvez esta
simplicidade explique o facto de estes limites dos átrios serem apenas
referidos. Em Meguido, também existem átrios de cerca de 50 m de lado (cerca de
100 CV), apenas cercados por muros. O átrio do templo provisório de Moisés era
cercado apenas por uma cortina de pano suportada por colunas. O «templo futuro»
de Ezequiel, que nunca foi construído, é descrito como tendo pórticos de 50 CV
de largura, em torno do átrio interior, fazendo lembrar vagamente um zigurate (Ez
40 - 42).
O
tratado Middot da Mishnáh também não fala de colunatas em
torno do períbolo exterior.
O Pórtico
de Salomão – Ao longo da aresta oriental, apoia-se um pórtico
duplo, de dimensões iguais ao muro, e abre-se para as portas do templo, situado
no meio. Muitos dos nossos antigos reis embelezaram este pórtico, e em torno do
santuário estavam dependurados despojos bárbaros. O rei Herodes consagrou-os
todos (de novo), depois de aí ter acrescentado os que ele retirara
aos Árabes.
(Jo
10, 22-23 ss; At 3, 11 ss). Deste lado, situava-se, segundo
a Mishnáh, a porta de Shushan (Susa) (Mid 1, 3). Por essa porta,
situada no lugar da atual Porta Dourada e virada para o Jardim das Oliveiras,
teria Jesus entrado, segundo a tradição, no Domingo de Ramos (Cf.: Ez
46,2). Presumimos que essa porta fosse semelhante às restantes, abertas no
muro da plataforma do templo, arematadas em lintel e arco de descarga. Davam
acesso ao átrio exterior por túneis pelos quais se subia, passando por baixo
dos pórticos. A atual Porta Dourada é dupla, e é muito provável a porta
herodiana também o fosse, a julgar por 2 pedras herodianas situadas a 8,5 m
(quase 20 CV) uma da outra, uma da cada lado da entrada, que restam no atual
edifício da porta.
O
Pórtico do Norte e a Fortaleza Antónia – Do lado norte,
construíra-se, no ângulo do períbolo, uma cidadela, admiravelmente fortificada
e provida de excelentes meios de defesa. Foi construída pelos reis - pontífices
da raça dos Asmoneus, predecessores de Herodes, que a
chamaram Báris e a destinaram a abrigar o paramento sacerdotal que o sumo
sacerdote não veste senão quando deve oferecer um sacrifício. Herodes deixou o
paramento no mesmo sítio, mas, após a sua morte, esteve sob a guarda dos
Romanos. (...) Antes, o paramento encontrava-se sob o selo do sumo sacerdote e
dos guardiães do tesouro. Na vigília da festa, os guardiães do tesouro
dirigiam-se ao chefe da guarnição romana, e depois de terem verificado o seu
selo, levavam o paramento. Depois, passada a festa, voltavam a trazê-lo ao
mesmo sítio e aí o depunham, após ter mostrado ao comandante da guarnição que o
selo era exatamente o mesmo. (...) Herodes fortificou ainda mais esta torre
Báris, a fim de assegurar a segurança e a defesa do templo, e, em recordação de
António, seu amigo e chefe dos Romanos, deu-lhe o nome de Antónia.
Antes
dos Asmoneus, já este castelo existia, com o nome de Torre de Hananeel ou de
cidadela do templo (Ne 2, 8; 3, 1; 7, 2; 12, 39; etc.). Estes limitaram-se a
restaurá-lo e a fortificá-lo mais. Este passado justifica a sua forma
irregular, em L.
Perto da torre Antónia,
situava-se a Porta das Ovelhas (Jo 5, 2), a que a Mishnáh chama Porta
Tadi (Mid 1, 3).
O
Pórtico Ocidental – Do lado do ocidente, o muro do
períbolo do templo tinha 4 portas: uma conduzia ao palácio por um caminho que
transpunha a ravina intermédia, duas outras
conduziam ao subúrbio; a terceira aos outros
bairros da cidade por uma longa escada que descia até ao fundo da ravina, donde
ela subia em seguida; porque a cidade encontrava-se à
frente do templo, construída em anfiteatro e cercada em todo o lado sul numa
profunda ravina.
Dessa
ponte, de 15,8 m de largura, foram encontrados restos de um largo arco, conhecido
como arco de Wilson.
São
conhecidas como porta de Barclay, a sul do arco de Wilson, e porta de Warren, a
norte do mesmo arco.
Dessa escada existem restos
de um arco de 12,8 m de largura, conhecido como arco de Robinson, no ângulo SO.
O Pórtico
Régio – Na quarta fronte do muro do períbolo, a sul,
havia, também, portas no meio, e, além disso, o
«Pórtico Régio», que se estende em comprimento, com a sua ala tripla, da ravina
este à ravina oeste: não se teria podido prolongá-lo mais.
Era a obra mais admirável
que existiu debaixo do Sol. Tal era já a profundidade da ravina que,
curvando-se para ver o fundo, não se poderia suportar a vista. Herodes, no
entanto, construiu, no próprio bordo, um pórtico de dimensões imensas, a ponto
de, se se tentasse, do cimo do teto, sondar esta dupla profundidade,
ficar-se-ia atacado de vertigens, não conseguido a vista medir mesmo o abismo.
As colunas foram dispostas
simetricamente em 4 filas, a quarta das quais estava embebida no muro de
pedra. A espessura das colunas era tal que eram precisos
3 homens, unindo os braços estendidos em torno, para as abraçar. O perímetro da
base era de 27 pés, com uma spira dupla (na base). Havia, ao todo, 162 colunas. Os capitéis
esculpidos eram à maneira de Corinto, e tudo era de uma magnificência
impressionante.
Entre estas 4 filas de
colunas, havia 3 naves cobertas. As 2 laterais, que eram feitas em conjunto e
dispostas da mesma maneira, tinham cada uma 30 pés de largura, 1 estádio de
comprimento, e mais de 50 pés de altura. A nave do meio
tinha uma largura de uma vez e meia (= 45 pés) e uma altura
dupla (= 100 pés); esta nave ultrapassava,
portanto, muito as duas vizinhas.
O teto era ornado de
esculturas em madeira, representando todas as espécies de desenhos. Era elevado
no meio e sustentado por um muro formando cornija, que repousava sobre o
entablamento do andar inferior. Este muro era decorado com colunas embebidas, e
tudo era polido «à régua». Quem não viu este trabalho não pode fazer nenhuma
ideia dele, e os que o viram ficavam tomados de admiração.
A
porta dupla [«as 2 portas de Huldah» (Mid 1, 3)] e a porta
tripla. A porta dupla é acessível por 30 degraus, de cerca de 64 m de
comprimento. Os degraus são agrupados 2 a 2, e terminam num grupo de 4, no
cimo.
27
pés só podem ser o perímetro das colunas, não em torno do fuste, mas de uma
base quadrada. Com efeito, se «a espessura das colunas era tal que eram
precisos 3 homens, unindo os braços estendidos em torno, para as abraçar», o
fuste tinha de ter um perímetro muito inferior a 27 P. Um fuste de 27 P de
diâmetro (7,992 m) só seria abraçado por 3 homens, se medissem, cada um deles,
2,664 m de uma mão à outra! O que é credível é uma base quadrada, por baixo
da spira dupla, com 6,75 P de lado (2 m). O fuste era mais estreito,
não medindo, com certeza, mais de 5 P de diâmetro (1,48 m) (1/8 da altura total
das colunas). Um fuste com 5 P de diâmetro (15,7075 P de perímetro) seria
facilmente abraçado por 3 homens.
162 não é divisível por 4;
160 é que é o número mais próximo divisível por 4 e que dá 4 filas de 40
colunas cada uma. As 2 últimas colunas só poderiam estar na nave central, ou na
extremidade oriental, ou na extremidade ocidental. Inclinamo-nos para a
primeira hipótese, por estar muito mais em conformidade com a arquitetura
greco-romana. Provavelmente, a nave central teria um remate oriental
semicircular, em êxedra, com as 2 últimas colunas, visto que a extremidade
ocidental já tinha uma porta. Este é o plano mais habitual das basílicas e
aparece em escavações de edifícios herodianos. Aceitando esta hipótese, resta
admitir 2 portas a ocidente, uma à frente da outra, delimitando um
vestíbulo(nártex). Este não poderia ser mais largo que nave central, por causa
dos pastofórios.
Na
realidade, o espaço que essa basílica ocupava mede 281 m (=1,58 estádio) de
comprimento. Descontando, em cada uma das extremidades, a largura dos
compartimentos dos ângulos SO e SE (os pastofórios), continuamos a ter um
comprimento muito superior a um estádio: 281 m - 16 m(?) - 16 m(?) = 249 m(?).
Mais
de 50 pés de altura» deve, possivelmente, incluir o parapeito sobre a
cornija. Também não está excluída a existência de um telhado sobre as naves
laterais, para além do parapeito. Os 100 P da altura da nave central incluem,
logicamente, a respetiva inclinação do telhado, em duas vertentes. A nave
central, sendo mais alta, teria janelas alternadas com «colunas
embebidas» (meias colunas). Os tetos eram todos de madeira de cedro,
planos, em caixotões.
Tratar-se-ia de uma basílica
semelhante a muitas outras, com a diferença de a nave lateral do lado norte não
ter parede exterior, mas apenas colunas. Temos toda a legitimidade de
pensar que ela não estivesse concluída no tempo de Jesus, porque o átrio
exterior do templo só foi terminado no ano 64 d. C., 34 anos depois. Também não
existem motivos para situar na extremidade oriental desta basílica
o «pináculo do templo» (Mt 4, 5-7; Lc 4, 9-12). É melhor situá-lo na
fachada do naós, que era, de facto, o lugar mais alto do templo. Mais
verosímil é, no entanto, que as tentações de Jesus não tivessem implicado
nenhuma deslocação física ao pináculo do templo, nem a nenhum monte.
O(s)
Pátio(s) Interior(es) – Tal era o primeiro pátio. Encerrava
um segundo, muito pouco afastado, ao qual se tinha acesso por alguns degraus, e
que uma barreira de pedra cercava. Uma inscrição interditava a entrada aos
estrangeiros, sob pena de morte.
O pátio interior tinha ao
sul e ao norte 3 portais distantes entre si, e, ao
nascente, um, a grande porta, pela qual nós, Judeus, com a condição de estarmos
purificados, entrávamos com as nossas mulheres. Para lá deste períbolo, era
proibido às mulheres passarem.
Um terceiro pátio estava
contido no precedente, onde só os sacerdotes
podiam entrar. Ele encerrava o templo e, diante deste, o altar sobre o qual
oferecíamos os nossos holocaustos a Deus.
O rei Herodes não teve
acesso a nenhuma destas três últimas partes do edifício, de
que era excluído por não ser sacerdote. Mas ocupou-se ativamente dos trabalhos dos
pórticos e dos pátios exteriores, e acabou-os em oito anos.
O santuário foi construído
pelos sacerdotes num ano e 6 meses. Todo o povo ficou repleto de alegria por
este pronto acabamento da obra e deu graças primeiramente a Deus, e depois ao
zelo do rei. A reconstrução foi celebrada por festas e bênçãos. O rei ofereceu
em sacrifício a Deus 300 bois; quanto aos outros, cada um fez segundo os seus
próprios recursos, e é impossível dizer o número de vítimas, porque não se
seria capaz de se aproximar da verdade. Aconteceu, com efeito, que o dia do
acabamento do templo coincidiu com o aniversário da chegada do rei, que se
celebrava habitualmente, e esta coincidência deu à festa o maior brilho.
O rei fez, também, cavar uma
passagem subterrânea, conduzindo da torre Antónia ao (átrio
do) santuário interior, do lado da porta oriental. Por
cima desta porta, mandou, igualmente, construir uma torre, de
que ele queria, assim, ter acesso por subterrâneos, para se abrigar, em caso de
sublevação popular contra a realeza.
Diz-se que todo o tempo que
durou a construção do templo, nunca choveu durante o dia; não houve chuvadas
senão de noite, de maneira que os trabalhos não foram interrompidos. Esta
tradição foi-nos transmitida pelos nossos pais, e nada tem de incrível, se se
considera tantas outras manifestações de Deus.
Foi assim que o templo foi
reconstruído.
Em B. J. V, são
referidas 4 portas. Talvez aqui não se fale das portas N. e S. do átrio das
mulheres. (Cf.: Mid 1, 4-5).
O templo de Herodes tinha,
pelo menos, 22 ou 23 portas grandes: 11 ou 12 do períbolo exterior (= 2+3 a S,
4 a O, 1 a N e 1 ou 2 a E), 9 do períbolo interior, a Porta Coríntia e a porta
do Santo.
Tratar-se-ia
de uma câmara alta com janelas, situada sobre a êxedra dessa porta. Para ficar
alinhada com o cimo da Porta Coríntia e por paralelismo com a torre Antónia,
esta câmara alta não mediria mais de 10 CV de altura, a somar aos 40 de altura
da êxedra. (Cf:: Mid 1, 5. 9).
Construção de um Muro para Tapar, a
Agripa, a Vista do Interior do Templo
Naquele mesmo tempo, o rei
Agripa construiu um edifício de notável dimensão, junto do Xisto, no palácio de
Jerusalém, que fora outrora o palácio dos Asmoneus. Como este lugar estivesse
num lugar elevado, daí se apresentava um ameníssimo espetáculo aos quisessem
ver a cidade. Desejoso disso, a partir do triclínio, quando aí se reclinava,
via o que quer que se passasse no templo.
Quando os principais dos
Hierosolimitanos viram aquilo, irritaram-se veementemente, porque nem o costume
dos antepassados nem a nossa Lei permitiam que se visse o que se passava no
templo, e, particularmente, os sacrifícios. Por isso, ergueram uma alta parede
sobre a êxedra que estava no interior do santuário, virada para o
ocidente. Porém, edificada esta (parede), não só
foi intercetava a vista desde o triclínio régio, mas também desde o pórtico
ocidental situado no exterior do santuário, onde os Romanos montavam
guarda ao templo nos dias das festas.
(A. J. XX, Cap. VIII, 11. 189
- 196)
É
difícil saber de que êxedra se trata. Pelo contexto, pode ser a êxedra SO do
períbolo interior, ou uma possível êxedra situada no períbolo exterior, na
entrada da porta da ponte que vinha da Cidade Alta. Nenhuma destas 2 êxedras
estava, todavia, virada para o ocidente.
Todos os que viram a
construção no nosso templo sabem de que tipo era e a intransponível integridade
da sua purificação. De facto, tinha quatro pórticos em circuito e, de cada um
deles, tinha uma guarda própria, segundo a Lei.
Assim,
no (pórtico) exterior, era permitido entrar a todos, mesmo aos
estrangeiros; só as mulheres na época da menstruação eram proibidas de passar.
No segundo pórtico, entravam os Judeus com as esposas, desde que estivessem
purificadas de toda a impureza; no terceiro, os Judeus machos existentes,
limpos e purificados; no quarto, porém, os sacerdotes vestidos com os
paramentos sacerdotais; no ádito, na verdade, só os sumos sacerdotes revestidos
com o próprio paramento.
Tanta é, na verdade, a
providência acerca da piedade, que se marcou certas horas para a entrada dos
sacerdotes: de manhã, aberto o templo, era o momento oportuno de entrar para
fazer os sacrifícios tradicionais; novamente ao meio dia, até o templo ser
encerrado.
Enfim, nem um vaso era
permitido transportar no templo, mas nele só estavam colocados um altar, uma
mesa, um turíbulo e um candelabro, que foram todos prescritos na Lei. Não há
mais nada, nem se passam nenhuns mistérios inefáveis, nem se ministram
refeições dentro, pois as coisas que foram ditas têm o testemunho de todo o
povo e aparecem nos feitos.
Pois, embora houvesse 4
tribos de sacerdotes, e cada um dos tribos tivesse mais do que 5000 homens,
todavia oficiavam em frações, em dias determinados. Passados
estes, vêm outros para os sacrifícios e, juntando-se no templo ao meio dia,
recebem dos precedentes as chaves do templo e o número de todos os vasos, não
surgindo no templo nenhuma coisa que sirva para comer ou beber, porque é
proibido oferecer para o altar tais objetos, a não ser os que são preparados
para os sacrifícios.
(C. Ap. II, 102 - 109)
As portas do
templo (naós) eram de 60 côvados de altura e de 20 de largura, totalmente douradas e quase de ouro maciço. Eram fechadas
todos os dias por 200 homens, pelo menos, e era proibido
deixá-las abertas.
(C. Ap. II, IX. 119)
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