ARQUEOLOGIA DE ATENAS - GRÉCIA
Atenas, Esparta e Corinto estavam entre os príncipais centros de civilização da Grécia nos séculos VI e V a.C. Hoje essas comunidades são referidas como cidades-Estado, e muitos traços arquitetônicos das três estão em espaços urbanos atuais. Atenas era murada, com cidadela central ou acrópole (local de refúgio abrigando um templo em terreno elevado), praça com mercado principal (Ágora), centro desportivo e social e muitos templos
No século VII a.C., Atenas emergiu como destacada cidade-Estado. Seu sistema legal era o núcleo da identidade. Por volta de 621 a.C., o magistrado ateniense Drácon eleborou rígido código de leis - primeiro significativo sistema legal da cidade. Mais tarde, o estadista ateniense Sólon (630-560 a.) redigiu leis protegendo direitos das pessoas "comuns".
ATENAS NO TEMPO DE PAULO
Atenas foi um dos maiores centros culturais na época de Paulo, cresceu ao redor de uma meseta pedregosa de 163 metros de altura, chamada de Acrópole. Nessa área elevada localizava-se o Partenon, a famosa maravilha arquitetônica de muitas colunas, e tantos outros edifícios sagrados, que fizeram com que o lugar fosse chamado “A Acrópole de muitos templos”.
Ao norte da Acrópole estava o célebre centro cívico e a Praça do Mercado conhecida como a Ágora, onde as pessoas não somente comerciavam, mas, também se reuniam para discutir assuntos de interesse da época. A noroeste da Acrópole se estendia sobre um nível um pouco mais baixo, uma colina pedregosa chamada de Areópago, ou a colina de Marte, onde se realizavam os concílios e se reunia o supremo tribunal grego. Paulo conhecia muito bem esses dois famosos lugares. “Na praça do mercado ele “discutia” todos os dias com os que se apresentavam” (At 17.17). Entre eles estavam os filósofos estóicos e epicureus, que comentavam com admiração e curiosidade: “Parece que é pregador de deuses estranhos” (At 17.18). Portanto, eles o conduziram à colina para que o apóstolo falasse em uma reunião do supremo tribunal. Paulo se posicionou no meio da colina de Marte, perante os representantes mais sábios da terra, e muitos outros vinham escutá-lo. O apostolo falou acerca do “Deus desconhecido”, e entregou uma das mensagens mais dinâmicas de todos os tempos. Alguns zombaram, outros ficaram profundamente impressionados, e outros se converteram.
ATENAS CULTURAL
A Grécia Clássica do período de Péricles chegou ao fim após trinta anos da guerra do Peloponeso (433-404 a.C.) Atenas reconheceu a vitória de Esparta. Nesse período, a Macedônia situa-se como poder regional; a vitória de FIlipe II da Macedônia sobre Atenas em Queronéia em 338 a.C., leva-a a perder a sua hegemonia sobre a Grécia; depois de submeter o Império Persa, os gregos, ao caírem, assinalam o fim de um tempo. A história de Alexandre (Magno), filho de Filipe II da Macedônia e de Olímpias, nascido em 356 a.C., está ligada a Atenas; ele foi proclamado rei dos macedônios em seguida à morte de seu pai em 335 a.C. Após a sua morte, em 323 a.C., Atenas perdeu a sua cultura independente e a sua autonomia comercial; comercializava seus produtos manufaturados com os grãos dos Selêucidas e do Egito e era o maior centro bancário do mundo antigo.
Atenas tinha escola de retórica sustentada por entidades privadas e por instituições públicas. Suas bases educacionais foram lançadas pelos sofistas nos séculos V-IV a.C., sistematizando o estudo de valores morais, linguistíca, arte e teorias do conhecimento; estudo de cerca de cinco anos habilitava à carreira política, ao direito e à administração pública.
Atenas possuía a Biblioteca de Pantaeno, fundada pelo imperador Públio Hélio Adriano, que restaurou a universidade. O Estoicismo surgiu em Atenas no período de 333-264 a.C., fundado pelo filósofo fenício Zenão, asteca que ensinava na Ágora ateniense. Os missionários cristãos muito aprenderam dos seus ensinos acerca da moral e do caráter público da emnsagem (2Co 4.1-4).
Parte da construção do templo de Zeus Olímpico em Atenas foi financiada por Antíoco IV Epífanes da Síria, mas quem concluiu foi Adriano. No século II d.C. o homem mas rico da antiguidade, Herodes Ático financiou magnificas construções em Atenas.
Graças a Escola Americana de Estudos Clássicos, a Praça do Mercado foi descoberta, suas ruas tem sido traçadas e seus edifícios em ruínas tem sido identificados.
Os 35 degraus de pedras talhadas na rocha que levam para parte de cima da colina de Marte, e o indício de um altar e de muitos bancos de pedras no cume da colina são visíveis hoje. Milhares de turistas de todas as partes do mundo sobem por estes degraus, e quando se vêem no alto da colina de Marte, sentem-se comovidos pelas palavras, pelo espírito e pelo poder do discurso de Paulo.
A sudoeste está o caminho antigo que conduz a Corinto.
Até hoje ninguém encontrou em Atenas a inscrição do altar “Ao Deus desconhecido”, a que se referiu o apostolo Paulo. Porém, outra inscrição idêntica foi encontrada em outro altar em 1903, durante as escavações da cidade de Pérgamo.
ARQUEOLOGIA DE BELÉM (DE JUDÁ)
A cidade de Davi está localizada a oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Nela ocorreram, entre outros o seguintes fatos bíblicos: o sepultamento de Raquel, o encontro de Rute com Boaz, a unção de Davi como rei de Israel, e o nascimento de Jesus Cristo. Para lá viajaram os magos do oriente em busca do salvador.
O Túmulo de Raquel se encontra atualmente ao lado da estrada, a entrada da cidade. Belém é venerada por judeus, cristãos e muçulmanos, e considerada um dos cenários mais autênticos da Terra Santa.
A Igreja da Natividade foi edificada por Helena (mãe do imperador Constantino) durante os anos 328-330 d.C., sobre o lugar onde teria estado à manjedoura. Nessa época, assim como agora, acreditava-se que este era o local do nascimento de Jesus. O imperador Justiniano (527-565 d.C.) reconstruiu a igreja no século seis. Essa igreja ainda permanece em pé em Belém, embora em mal estado de conservação. Em 1943, William Harvey realizou ali algumas escavações, e a uns 46 centímetros sob o piso das atual igreja descobriu porções de mosaico da igreja original, que havia sido construída por Helena e Constantino. Alguns mosaicos estavam ornamentados de flores, frutas e pássaros. Outros mostravam desenhos geométricos. Não foram usadas cenas religiosas nessas decorações, já que se caminhavam sobre elas.
Debaixo da área do côro, seis metros abaixo, há um lance de degraus que conduz até a Gruta da Natividade. Essa capela em forma de cova mede quatro por treze metros. As paredes estão completamente cobertas de tapetes, e o teto adornado de belas luzes. No extremo oriental da capela há uma pequena cripta em cujo piso de mármore uma estrela de prata iluminada por 16 lâmpadas de prata e rodeada por uma inscrição simples em latim, anuncia o maior evento de toda a história: “Aqui nasceu Jesus Cristo da Virgem Maria”. Perto dali existe um presépio que completa o marco dessa profunda afirmação: “Ela deu a luz a seu filho primogênito, envolveu-o em panos, e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7)
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