sexta-feira, 28 de outubro de 2011

INTRODUÇÃO DO SERMÃO - HOMILÉTICA PARTE 6



Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.
Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.


A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.

TIPOS DE INTRODUÇÃO: 
Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:

1 – ILUSTRATIVA 
Uso de uma ilustração na introdução.
Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com  uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO
Explicação detalha de um determinado conceito.

Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.


Em um sermão onde o assunto é a Paz, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.

3 – DIVISÃO 
Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da moeda.
Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.


A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição”, “vida cristã e vida mundana”, etc.

4 – CONVITE
Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.
Use os verbos no imperativo.

Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc )  no IMPERATIVO, que caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.

– INTERROGAÇÃO 
Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).


Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20  “Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.

6 – SUSPENSE 
A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

7 – ALUSÃO HISTÓRICA 
 Explicar o contexto histórico.

Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar.  É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.


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